A Revolução Francesa fez parte do contexto histórico do que o historiador Eric Robsbwm chamou de " A Era das Revoluções. Dessa forma o processo revolucionário francês foi essencialmente burguês, entretanto contando com a participação do proletáriado e do campesinato, isto é, uma Revolução feita pelo terceiro Estado e não para o terceiro estado.
Oberva-se nesse processo revolucionário o caráter mundial e laico, resultado da divulgação dos seus idéais de liberdade, igualdade e fraternidade pela Europa e também na América Latina, aliado ao ecuminismo social entre os seus participantes.
A crise do antigo regime francês no sentido político, econômico-financeiro e social contribuiu para o desencadeamento do movimento revolucionário, aliado aos ideais da Revolução Americana e do Movimento Iluminista.
No seu primeiro momento o processo revolucionário teve um caráter moderado e uma liderança burguesa, obervada na fase da "Era das Instituições", quando da concretização de uma Constituição que valorizava a propriedade privada, voto censitário, separação da Igreja do Estado, igualdade jurídica entre outros artigos burgueses.
Não podemos esqueçer que apesar da não existencia de um caráter popular na "Era das Instituições", houve um momento denominado por alguns estudiosos como "Jornadas Populares", marcada pela Tomada da Bastilha pelos setores mais radicais do proletáriado de Paris e o chamado "Grande Medo" caracterizado pelas violentas revoltas camponesas no interior da França contra so setores da nobreza provinciana.
A instituição da Monarquia Constitucional e de uma Assemblèia Legislativa não foram suficientes para desarticular as ameaças contra-revolucionárias por parte dos setores aristocraticos, como foi o caso do próprio monarca Luis XVI, e das forças militares coligadas absolutistas européias sob liderança da Aústria, que ameaçavam o processo revolucionário françês.
Diante disso, o sugimento da Convenção Nacional e a transformação da Monarquia Constitucional em República, foram tantativas para salvaguardar a Revolução, tendo os grupos Girondinos e Jacobinos dominado os debates na Convenção sobre os possíveis caminhos a serem tomados por essa República Revoluciónaria.
A esquerda Jacobina através da ditadura de Robespierre, implanta uma fase de " Terror " perseguindo os chamados inimigos da Revolução, provocando condenações pela guilhotina, entretanto, avança socialmente no processo revoluciónario com medidas como: Instituição do Sufrágio Universal, Reforma Agrária, Lei do Máximo, entre outras.
Diante das violentas perseguições e eliminações, inclusive dos setores da ala Jacobina, da crise econômica que não conseguia aumentar o poder de comprar dos setores populares e das pressões da direita Girondina, essa ditadura esquerdista de Robespierre acabaria sucumbindo, através do golpe 9 Termidor ou reação Termidoriana, que levaria as principais lideranças da esquerda Jacobina para a guilhotina pelo " Terror Branco".
Segundo alguns estudiosos, a saída dos Jacobinos vai ser responsavél pela instalção de um Diretório comandado pela direita Girondina, que apesar de buscar a consolidação do processo revoluciónario, vai deparar-se com uma profunda instabilidade econômica, política e social (revoltas e conspirações) que contribuiria para o desfecho do golpe 18 Brumário, que colocaria o Estado da França nas mãos da Era Napoleônica e com isso, comprometeria os principais idéais do processo revolucionário.
Muito bom Gereba, adorei!! Parabéns
ResponderExcluirUma revolução feito pelo terceiro Estado e não para o Terceiro Estado. Feliz colocação, professor. No livro 1822, de Laurentino Gomes, ela cita a Revolução Francesa como sendo autofágica,pois ela devorava sua forças internas, além de citar D.pedro I como admirador de Napoleão Bonaparte, por este ter sido responsável pela vinda da corte em 1822.
ResponderExcluirÉ fantástico quando as pessoas fazem o que amam , e você é prova disso . Tu marcaste nossas vidas, continue assim ! Parabéns .
ExcluirUma revolução feito pelo terceiro Estado e não para o Terceiro Estado. Feliz colocação, professor. No livro 1822, de Laurentino Gomes, ela cita a Revolução Francesa como sendo autofágica,pois ela devorava sua forças internas, além de citar D.pedro I como admirador de Napoleão Bonaparte, por este ter sido responsável pela vinda da corte em 1808.<<<<<<<< CORREÇÃO
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa, Prof. Paulo Cesar (Paulo Gereba). Excelente trabalho, que conheci muito bem no Colégio Batista em 1995. Continue com o blog. Interesse para o estudantes e pra quem gosta de História e Cultura Geral. Grande abraço, José Cavalcante de Alencar Junior.
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